segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Exposição: Fundição Artística no Brasil - Centro FIESP

De 18 de dezembro de 2012 a 10 de fevereiro de 2013 no Prédio da FIESP 
Av. Paulista, 1313 - São Paulo

ARTE | EDUCAÇÃO | TECNOLOGIA

Curadoria de Gilberto Habib Oliveira 

Acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu Paulista da USP e do SENAI-SP 
Coleções particulares de Israel Kislansky, da família Emendabili (São Paulo) e da Fundição Zani (Rio de Janeiro)
A mostra, que tem parceria do SENAI-SP, tem como objetivo destacar a importância da preservação do patrimônio cultural brasileiro com enfoque na tecnologia da fundição artística e na capacitação de jovens profissionais.
A exposição apresenta 20 obras museológicas de importantes acervos, dentre eles peças da Pinacoteca do Estado de São Paulo e trabalhos que ilustram o processo de fundição, desenvolvidos por professores, alunos e técnicos da Escola SENAI Nadir Dias de Figueiredo, de Osasco, que mantém o Centro Técnico em Fundição Artística, núcleo de referência nesse setor.
O processo de fundição artística pelo método de cera perdida, uma das técnicas ensinadas no Centro Técnico do SENAI de Osasco, é utilizado para a formação de jovens profissionais interessados em atuar no ramo da metalurgia artística.
As principais especificidades e os desdobramentos desse processo são apresentados na exposição, bem como o lastro cultural a ele associado.
Entre os destaques, obras de Rodolfo Bernardelli, “escultor oficial” do Brasil durante o período Republicano e obras de Amadeu Zani, autor de vários monumentos públicos em São Paulo e no Rio de Janeiro, professor do Liceu de São Paulo e responsável pela vinda ao Brasil de artistas fundidores que ajudaram a formar jovens artesãos.
Outro ponto forte da exposição é o “Busto D. Pedro II”, de 1839, de autoria de Zépherin Ferrez, pertencente ao acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. A obra que retrata o Imperador foi recentemente fundida em bronze pelo SENAI-SP, a partir do original em gesso pertencente a Pinacoteca, onde foram aplicados recursos tecnológicos digitais, tais como prototipagens e simulações para auxílio nos processos metalúrgicos. Ainda estarão expostas maquetes de monumentos de Victor Brecheret, Galileo Emendabili, Julio Guerra e Leopoldo e Silva, autores de grandes obras em espaços públicos da cidade de São Paulo.




A ARTE DA TAPEÇARIA / TRADIÇÃO E MODERNIDADE

De 08 de dezembro de 2012 a 10 de março de 2013
No centro Cultural FIESP Av. Paulista 1.313 São Paulo

A Galeria de Arte do SESI-SP, no Centro Cultural FIESP – Ruth Cardoso, promove de 8 de dezembro de 2012 a 10 de março de 2013 a exposição A Arte da Tapeçaria – Tradição e ModernidadeA mostra, iniciativa do SESI-SP em parceria com a Espírito Santo Cultura (RJ) e a Manufactura de Tapeçarias de Portalegre, marca as comemorações do Ano Brasil-Portugal.
A exposição, com curadoria de Luís Neves, reunirá, pela primeira vez no Brasil, 48 tapeçarias de Portalegre, no Alentejo. A região é conhecida por suas tapeçarias murais decorativas – cuja produção é realizada por meio de uma técnica totalmente manual que tem como ponto de partida obras de pintores famosos. O acervo é composto por obras de 39 artistas portugueses e de outras partes do mundo, entre eles Almada Negreiros, Camarinha, Júlio Pomar, Eduardo Nery, Le Corbusier, Vieira da Silva, Vik Muniz, Arpad Szenes, Graça Morais, Sonia Delaunay, Bruno Munari, Pedro Calapez, Lourdes Castro, Álvaro Siza, Rigo 23, Rui Moreira, Jean Lurçat, Hans Erni, Burle Marx e Joana de Vasconcelos. O objetivo é apresentar ao público o valor histórico e artístico desse tipo tão peculiar de tapeçarias portuguesas, verdadeiras obras de arte que se diferenciam pela técnica utilizada.
O grande destaque da mostra é revelar como, a partir dos teares de Portalegre, são produzidas obras de arte únicas, resultado da criatividade dos artistas que criam os cartões originais, da técnica dos desenhistas que os ampliam e os transpõem e da maestria das tecedeiras – que executam com detalhe e rigor a obra final. Partindo sempre de um cartão original de um artista, a primeira fase é a da ampliação, correção e escolha da cor. Na etapa seguinte o desenhista amplia e separa o essencial do acessório para que a obra final traduza, em escala maior, o cartão. A manufatura possui mais de 7 mil cores em lã e combinações. Cada trama é formada por oito fios de lã – e a escolha adequada dessas cores para manter a fidelidade com o projeto original é fundamental para que, quando concluída, o pintor reconheça a tapeçaria como sua obra.
Herdeira da tradição francesa e belga de tapeçaria mural, a tapeçaria de Portalegre foi considerada por Jean Lurçat, grande renovador dessa arte no século 20, a melhor do mundo.
Fundada em 1946, no interior de Portugal, por Guy Fino e Celestino Peixeiro, a Manufactura de Tapeçarias de Portalegre marcou a virada na história da tapeçaria mural. A organização adotou uma nova técnica de tecelagem, conhecida como o ponto de Portalegre, e associou sua produção a grandes nomes da arte contemporânea portuguesa e internacional. Trata-se de uma das últimas manufaturas no mundo a trabalhar com um bem cultural desta natureza de forma completamente manual. Atualmente, reúne mais de 200 artistas consagrados que produzem suas obras em tapeçaria de Portalegre.



http://www.sesisp.org.br/cultura/exposicao/a-arte-da-tapecaria-tradicao-e-modernidade.html